palidez

E o dia finalmente chegou.

Aquela que vai, que nem liga ou manda postal para avisar, é aquela que vai lá? Sei que é a única que, pelo amor ao que se deve amar, jamais vai parar. E que assim vai sempre ser e, se não, pelo menos valerá de sua opinião. E se tudo falhar então fará consolo em seu próprio desconforto, procurará abrigo em si e mostrará que a opinião ainda vale, e que quanto mais sofre, mais ela vale. E vale. E nos fará inveja enquanto vai. Será então que é ela que vai lá?

Quero dar a mão, quero estar lá também, mas não consigo, não posso - não quero! Não devo querer. Já disse que não posso. E se pudesse? Jamais me contentaria com o pouco que teria, pelo esforço que a custaria. E em segurar com as mãos aquilo que o destino fez correr por entre os dedos. Ora, que eu engula minhas teses, meu orgulho e que ela encontre o meio-termo que lhe ajude a ir, e que saiba por onde ir enquanto vai. E que assim se veja contente. E que nunca pare.

Mas aquela que vai é a mesma que fica.

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