olha, um texto otimista. quem diria...

Nunca dou muito valor pras coisas que faço, pra quem eu sou, e isso não é drama. Não falo de nomes ou aparência (talvez aparência), mas pelos meus atos e aproximações das pessoas. Que isso fique bem claro: tenho pra mim, depois de banhos de realidade paralela - totalmente, aliás, atípica - com relação à minha personalidade, que eu jamais teria tido metade das coisas e das pessoas que eu amo, não fosse pelo meu lado bundão. Aquele que se entrega aos amigos, que cede, que bandeira, que entrega os pontos pelo benefício daquele que gosta, seja quem for. Que jamais diz não. Que engole o orgulho que tanto preza pelo amigo. Em todo caso, no fim das contas, deveria saber dizer não, dizer o quanto coisas me incomodam, mas acho que eu já tenho isso em potência, e esse é o menor dos meus problemas.

Desenvolvimento é uma palavra interessante: ela pressupõe um crescimento e avaliação de algo, claramente influenciado por outro lado, sim, mas invariavelmente a partir de si. E que necessita tempo e adaptações, desenvolturas, reavaliações e recomeços sob outros prismas. Suponho que desenvolver é ver as coisas sob óticas diferentes, dizer a si mesmo o que fazer para fazer o melhor possível. Isso é o que me faz ver que me desenvolvi, me aprimorei. Passei pelos problemas existências e práticos de muita gente, mas sinto que, diferentemente das filosofias por aí, eu estou vivendo tudo isso, e agregando algo.

As coisas podem acabar - inevitavelmente acabam, sempre - mas só têm estatuto de valor em relação à pena que causam quando te aprimoram em algum nível. Agora eu sei que algo que pensava ser impossível é possível. E que minhas palavras mudaram de ontem pra hoje. Esperança na humanidade toda, não, mas esperança na minha própria, daqui em diante, pelo menos um pouco.

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