de coração,

...mais um golpe, outro desencanto...
Eis que em cada gole - traga de novo o santo -
Assim o é capaz, logo mais, e certamente trará o pranto.
Pra que tanto, meu senhor, pra que tanto?

Eis que ladra, imaculado e sem vigia, seu eu cão
Com um hábito aceso, outro hábito na mão
Joga-se às cinzas ou ao outro lado do vão
Torcendo pelo que vem: seja ano, livro ou milhão.

Brilha o sol que esconde o luar, lá fora.
Se tens algo a temer, é de, como outrora,
O mundo sumir ao assumir que, de ti,
Nada mais, nem uma lágrima, do olho rola.

Sofre, trabalha, come, trabalha, dorme; dormem.
E uma fadiga de proporção tão enorme
Surge, do meio, de vinhas que até então lhe consomem,
Com sua imensa insurreição à condição desse homem.

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