Ah, essa tal liberdade...

"Longe de casa, há mais de uma semana, /
Milhas e milhas distantes do meu amor" (...)

     Tenho certeza que na música era emocionante. Mas cheguei a uma conclusão com a qual eu não contava: a de que vou sentir falta da facilidade - há um certo tempo ausente, na verdade, mas que ainda se arrastava em alguns aspectos da minha vida antiga, que ainda envolvia progenitores e os relativos de sangue - quando tudo começar de fato. E era uma coisa que achei que conseguia viver sem (não que eu não consiga, mas como dizem, costume do cachimbo entorta a boca). Por enquanto, ando revezando meu tempo entre violão, música, escrever aqui, dormir e comer - e eventuais noites de poker, que andam surgindo todas as noites (e acho que por isso há de deixar de ser eventual e, de igual forma, inocente).

     Cheguei nessa cidade com todas as esperanças possíveis, you name it - até de que meus problemas fisiológicos acabassem. Acho que o lugar, de fato, me fez bem; contudo, não sei se deveria esperar muito mais de mim mesmo nesse aspecto, porque traz frustração esperar demais. What fools these mortals be? Eu adoro de me enganar, mas eu sei que não há de mudar. E se mudar, não vai ser pela esperança envolvida. De qualquer forma, de alguma experiência, há de servir.

     Por exemplo, Behold! Já sei até cozinhar! (risos, risos)

     O fato mais legal de tudo já aconteceu, e é esse medo da liberdade que eu tenho. Atitudes limitadas pela sua idéia de moral*. A integridade social do ser valendo mais do que suas vontades, ou seus ideais? Não me sinto livre ainda. Não sei se vou me sentir um dia, se eu não for capaz de modificar os conceitos concernentes a essa liberdade - o que me leva à conclusão de que não sei ser livre - e de que talvez possa morrer sem saber, ou ter o privilégio da saber se alguém um dia já chegou à fórmula dessa liberdade; ou mais além ainda:  existe de fato alguma fórmula que conseguiria moldar uma liberdade sem um método fixo - por, justamente, ser livre?

     Porquanto sou hábito do hábito, animal de vícios.

*Ela é lésbica, Isaac. Você tem que parar com isso. Not.

Comentários

  1. Diário de bordo das aventuras frenéticas de Joaquim Isaac na cidade Mariliana take 3
    AEiHJEUAHEUOAEAE

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente aqui. Pode falar mal, bem, o que for - o diabo a quatro. Gostou, comenta, não gostou, comenta também. Críticas sempre serão bem recebidas, desde que sejam criativas e construtivas.

Postagens mais visitadas