Um universitário só - segunda parte
Boa tarde, ilustríssimo ego.
De volta. Cheguei na minha casa aqui na cidade que supostamente me elevará, alavancar-me-á. Sorte, viu? Poderia estar dividindo o teto com um sem-teto, agora. De fato, querido, a cidade já te elevou, dentro de mim. Me sinto mais poderoso por estar sozinho. Com a pena de parecer tonto em citar um quadrinho, "With great power comes great resposibilities".
Poder de quê, exatamente, só o tempo dirá.
O que ele já me disse até agora, no entanto, é que vou ter de olhar por mim mesmo bem cuidadosamente, enquanto arrasto minha sombra e meus sapatos velhos por essa cidade. Tento fazer por merecer minha estadia, demonstrando minha gratidão a cada um que demonstra um mínimo de satisfação em me ajudar. Acho que devem ter passado por isso ou por coisa parecida com isso, ou são só bons, mesmo. Mas o que é a bondade se não se colocar no sapato de alguém por um minuto? Digo, ajudar uma velhinha cega a atravessar a rua não provém de nada a não ser a vontade que se tem, naturalmente, de não ser uma velhinha cega (principalmente atravessando a rua); portanto, não é difícil pras velhinhas atravessarem as ruas: afinal, o que não falta são bons cristãos acostumados com promessas. Porém, não vejo hipocrisia nenhuma nisso, não nesse caso (nos outros, talvez). É dessa interação que surgiu tudo ou quase tudo que dizemos e fazemos hoje num grupo de pessoas.
Mas só no meu caso isso não é hipocrisia.
Ego, você é a melhor pessoa pra se conversar. Gosto tanto de você... Você me ouve e, apesar de não falar, é como se tivesse uma cabeça que faz apenas dois movimentos: um que discorda de mim quando sinto que deveria ser discordado, e outro que concorda comigo na maior parte do tempo. Amo você. Pena que você não tem um corpo lindo, metro e meio, cabelos negros, não seja do sexo feminino e não seja a minha vizinha. Ah, ajudaria, também, se você não fosse eu.
Volto depois.
De volta. Cheguei na minha casa aqui na cidade que supostamente me elevará, alavancar-me-á. Sorte, viu? Poderia estar dividindo o teto com um sem-teto, agora. De fato, querido, a cidade já te elevou, dentro de mim. Me sinto mais poderoso por estar sozinho. Com a pena de parecer tonto em citar um quadrinho, "With great power comes great resposibilities".
Poder de quê, exatamente, só o tempo dirá.
O que ele já me disse até agora, no entanto, é que vou ter de olhar por mim mesmo bem cuidadosamente, enquanto arrasto minha sombra e meus sapatos velhos por essa cidade. Tento fazer por merecer minha estadia, demonstrando minha gratidão a cada um que demonstra um mínimo de satisfação em me ajudar. Acho que devem ter passado por isso ou por coisa parecida com isso, ou são só bons, mesmo. Mas o que é a bondade se não se colocar no sapato de alguém por um minuto? Digo, ajudar uma velhinha cega a atravessar a rua não provém de nada a não ser a vontade que se tem, naturalmente, de não ser uma velhinha cega (principalmente atravessando a rua); portanto, não é difícil pras velhinhas atravessarem as ruas: afinal, o que não falta são bons cristãos acostumados com promessas. Porém, não vejo hipocrisia nenhuma nisso, não nesse caso (nos outros, talvez). É dessa interação que surgiu tudo ou quase tudo que dizemos e fazemos hoje num grupo de pessoas.
Mas só no meu caso isso não é hipocrisia.
Ego, você é a melhor pessoa pra se conversar. Gosto tanto de você... Você me ouve e, apesar de não falar, é como se tivesse uma cabeça que faz apenas dois movimentos: um que discorda de mim quando sinto que deveria ser discordado, e outro que concorda comigo na maior parte do tempo. Amo você. Pena que você não tem um corpo lindo, metro e meio, cabelos negros, não seja do sexo feminino e não seja a minha vizinha. Ah, ajudaria, também, se você não fosse eu.
Volto depois.
"Spiderman, Spiderman, / Does whatever a spider can. / Spins a web, any size, / Catches thieves just like flies. / Look out! Here comes the Spider-Man."
8D~
Não se masturbou hoje?
ResponderExcluirNão dá
ResponderExcluir