Son Image

Linhas curvas, sonhos tortos, quase nada.
Leviana: mechas negras separando sonhos desmantelados.
Despida de padrão por padrão, ríspida e com a face escancarada,
Levanta-se em meio ao vento e sopra conta a multidão.
Tudo cabe na palma da tua mão...
Ou não.

A arte dos tempos lhe recolhe ao teu deleite,
Anima-se com o passado,
Mas não com este, que apenas segue o presente.
(E não o fazemos, naturalmente?)
Digna de puro senso, ou capaz de puro momento,
Aspira teu fortúnio, não mais do que num instante.

Mostra-me teu rosto todo contra a luz, sempre.
Assim como pinturas de mil e quinhentos e alguma coisa.
Tua crua rotina me fascina, teu nome me acaricia e me persegue.
Quem dera não me desse dessa luz...
Feliz seria se, cego, me cedesse vossos momentos e detalhes,
Mesmo que intragáveis.
Mas, jaz codificada, contínua, sem movimento.

Existe céu em cada dia?
Pelo sim ou pelo não, encontrei uma versão híbria;
Tonalidade brilhosa, cheia de estrelas
Falhas perfeitas em uma imensidão de contrastes cativantes
De, digamos, não mais que um palmo de largura.

Tão pequeno.
E grandioso.
Horrenda distância.

Comentários

  1. Nota mental: um esboço não intimida. Poderia olhar pra monalisa nos olhos durante horas. Mas se ela se mexesse, seriam outros quinhentos...

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  2. hUOAEHEUEAHAEUO eu li aqui "1 comment" fui ver era voce mesmo, bizarro, só a gente comenta nos baguio AEUheuoAAHEUE seria trágico se não fosse cômico.

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