Oh, boy. *sigh*

Se existe inferno, este somos.
Talvez qualquer um tenha passado por isso algum dia, talvez seja apenas uma forma de você aprender a ser humano. Há muito nisso.

O horizonte parece ter o mesmo efeito que a sarjeta a um bêbado de fim de noite. Pegar um carro, tomar um ônibus, uma bicicleta, par de sapatos... Desejando ficar longe, procurando fazer o mundo parecer tolo - vê satisfação na imagem, procurando seu amor a dez mil quilômetros de você. Talvez esteja se logrando, mas não dá a mínima, você sente seu corpo pesado aqui. Transcrevendo toda sua alma em empenho, estudo, satisfação alheia e amor ao próximo não se chega a lugar algum, só servirá para degrau.

Procurei muito tempo pelo olhar que me salvasse, pelo emprego que me tirasse do vermelho e pela família que desejava ter. Hoje eu digo com clareza que o olhar ainda gostaria de ter, o resto largaria para trás, junto com o desentendimento, a falta de coerência explícita e a cegueira opcional dos meus.

Como já disse um sábio drogado:
"Prefer a feast of friends, to the giant family." Pena que meus amigos são tão presos a uma realidade mórbia, desinteressante e patética quanto a minha. E de qualquer forma, pra onde eu iria? Irlanda do Norte? Đakovo ou Ilha da Madeira? Society!

Talvez seja tudo que eu precise: ar fresco das montanhas, um violão e ninguém pra me encher a paciência, pescar para viver e cagar no mato.

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